Sunday, December 16, 2007

Tuesday, December 11, 2007

Será?


“ … Amar é como uma droga. No princípio vem a sensação de euforia, de total entrega. Depois, no dia seguinte, tu queres mais. Ainda não te viciaste, mas gostaste da sensação e achas que podes mantê-la sob controlo. Pensas durante dois minutos nela e esqueces por três horas. Mas aos poucos, acostumas-te com aquela pessoa, e passas a depender completamente dela. Então, pensas por três horas e esqueces por dois minutos. Se ela não está perto, experimentas as mesmas sensações que os viciados têm quando não conseguem arranjar a droga. Nesse momento, assim como os viciados roubam e se humilham para conseguir o que precisam, tu estás disposto a fazer qualquer coisa pelo amor.”



Paulo Coelho

Monday, December 10, 2007


"Acredito no amor, naquele amor, o único que deve andar em outros papéis que não estes, mas que encontrarei, ou que me descobrirá um dia, num passeio à mata. E chama-me infantilmente romântica se quiseres, mas esse amor dedicar-se-á a desmanchar tudo o que em mim sofre e a restituir tudo o que me foi roubado. Far-me-á sentir merecedora de todo o mundo não só pelas minhas virtudes, mas também (e quem sabe se principalmente) pelas minhas imperfeições. Espero também amá-lo e não o afastar por não me sentir merecedora de tanto. É que isso também acontece!
No dia em que deixar de acreditar posso enlouquecer! Por isso chamo-me louca quando embrulhada em cobertores, choro convulsivamente a tua ausência; é o medo da ideia de não encontrar esse alguém, ou de o ter já perdido. Depois, esforço-me por acreditar que não."


Marta Gautier, in Tanto Que Eu Não Te Disse

Thursday, December 6, 2007


O que é essencial para ti?!

Wednesday, December 5, 2007

É natural que às vezes te apeteça chorar.
Mas se o soluço te abafar a garganta,
Endireita as costas, levanta o queixo e sorri.
Ri mesmo, abertamente.
Frente ao que te considera humilhado
Pois o humilhante é humilhar-se os humildes.
É natural que te sintas só
E te percas na imensidão da tua própria solidão.
Mas quando a solidão fizer eco na tua vidaE te sentires desesperadamente só
Abraça o ar que te rodeia,
Respira profundamente e lembra-te,
Que a vida é um desafio a longo prazo,
É um poema de heróis.
Não de vencidos.
Tu homem, tu mulher
Nasceram para vencer.
É natural que morras lentamente
Quando te afogas na saudade.
É natural que morras
Quando sentes o passado passar-te pelos dedos
Como nuvens sopradas pelos ventos.
É natural que te vires para trás
Na ânsia de caminhar para o aquém do tempo.
É natural que as lágrimas
Queiram rebentar dos teus olhos,
E os joelhos se queiram dobrar
Ao peso dos passos parados
De quem não sabe por onde andar.
É natural que a indecisão te desespere.
É natural que te sintas confundido nos dias.
É natural que odeies o mundo que te rodeia.
É natural que as pessoas para ti
Tenham o aspecto de estátuas,
Drogados, autómatos, assassinos, ninguéns.
Nenhuma pessoa é ninguém!
Nem tu és o mundo!
O que é o mundo?
Além de tudo, é a força dos gigantes
A espezinhar os fracos.
Fracos amordaçados com a Verdade a espirrar pelos poros
Porque a boca fica muda.
Falta a força, não da Verdade
Mas a força que torna fortes os fracos.
Assim começa esta luta desigual nesta selva da vida.
Na selva só sobrevivem os fortes!
Se te apetece chorar, ri.
Ri, não convulsivamente, mas com serenidade.
Se te apetecer quedar-te estástico a um canto
Sem forças para reagir, levanta-te e prepara-te para agires
Mesmo que não saibas como.
Estático é que não!
Os cemitérios é que estão povoados
De estátuas adormecidas
Nos luares das noites frias.
Não deixes os outros sentir
A extensão da tua pobreza.
Não lhes mostres a simplicidade dos teus trajes,
Nem sequer as tuas ânsias secretas.
Não lhes mostres a tua sede
Nem a tua fome, nem o teu abandono.
Tu, na selva, para sobreviveres
Só tens de lhes mostrar força.
Não de armas.
Força dos fortes.
Dignidade com brilho no olhar.
Se te apetecer chorar, ri!
Se te apetecer fugir, fica!
Se te apetecer acabar, vive!
Se te apetecer comer, espalha as únicas migalhas
Do teu pão pelos pássaros!
Se os teus pés estiverem feridos
Das pedras dos caminhos, dança!
Se estiveres desesperadamente só, olha ao teu lado.
Há algo vivo à tua espera!
Nunca espalhes o teu sangue,
A tua dor, o teu suor, a tua vida, sem luta.
Na vida só sobrevivem os fortes.
Se és fraco terás de deixar de O ser!

Maria Elvira Bento

Saturday, November 24, 2007



Aqui estou é num sábado à noite, a fazer mais um teste pateta ^-^
Acho que está na hora da despedida, que isto por aqui já deu o que tinha a dar. Tenham saudades, muitas saudades*
Um bom domingo ;)

P.S. Não faço mais testes porque depois fico convencida! Altamente fiáveis, acreditem....

Achei por bem informar-vos que...

Thursday, November 22, 2007

É o amor…



De repente descobri
A cidade cheia de vida
Os carros, as pessoas, as máquinas…
Descobri o que as faz andar, descobri como funcionam,
Sentei-me no carro parado a olhar o mundo
O rapaz feio de mão dada com a menina bonita
As amigas velhinhas a descerem a rua da conversa em dia
O puto rufia com a bola debaixo do braço a correr para os amigos
A dona de casa atrasada com o saco das compras
O executivo apressado olhando o relógio para não chegar tarde à namorada
O mundo todo funciona a amor
Não é o dinheiro, não é a fama, não é nada que brilhe nos bolsos de um homem
Não é ódio, nem a avareza humana, nem os troféus na sala de caça.
É o amor… ele faz tudo funcionar
Ele faz o mundo andar à roda
E as pessoas andarem à roda do mundo.
Ele faz um olhar acender como uma árvore de Natal em Dezembro.
Faz a distância parecer pouca e o sofrimento valer a pena.
É o amor…
A moeda nas mãos da criança em pleno shopping
Que o faz voar nas costas da abelha Maia…
E o sonho de que um dia, não tenhamos que crescer
Agarrados com a mão cheia ao dedo indicador do nosso pai
É o amor…
Sabias?...
E foi assim que reparei o quanto te amava…


de João Natal

Sunday, November 11, 2007

Às vezes queria ser ilha,
banhada pela doce orla do mar
e pelo seu eterno cheiro a maresia.

Wednesday, November 7, 2007

"Curso de Psicologia" em 4 meses?!! -.-

Lendo alguns dos comentários aqui deixados pelos colegas, achei que seria importante partilhar uma questão que me parece pertinente, para não lhe chamar grotesca ou absurda.
Certamente muitos de vós receberam já, na caixa do correio, os panfletos de uma "escola de ensino à distância", de nome CEAC. Eu recebi e fique perplexa quando vi o "Curso de Psicologia". Supostamente, com um curso desta natureza, que cada indivíduo faz com a rapidez que bem entender (sugerem cerca de 4 meses) e sem o devido apoio, fica com uma formação em Psicologia, permitindo-lhe exercer funções na área.
Eu pergunto, não há nada que possamos fazer? Sendo a Psicologia, ainda hoje vista por muitos, embora erradamente como sabemos, como algo de pouco fiável e pouco científico, situações destas não ajudam a promover a nossa imagem.


Patrícia Oliveira

Tuesday, November 6, 2007

Vejam!!!

"Num certo momento, talvez aceitemos que o sonho se tornou um pesadelo. Dizemos para nós próprios que a realidade é melhor. Convencemo-nos de que é melhor não sonhar mesmo. Contudo, os mais determinados, os mais fortes, agarram-se ao sonho. Ou então damos de caras com um novo sonho que nunca considerámos. Despertamos e encontramo-nos, contra todas as possibilidades, esperançosos. E, se tivermos sorte, frente a tudo, frente à vida, percebemos que o verdadeiro sonho é ser capaz de sonhar."


in Anatomia de Grey
Alegria, lágrimas, audácia, diversão, amizades, rivalidades, romances e paixões, desespero, luta, conquista!! Tudo numa série só. De vez em quando estamos a ver e aparece-nos uma frase que às vezes se nos encaixa na perfeição!! Frases simples e sábias, que medeiam vidas ficcionais, com características e acontecimentos bem reais! Enfim, um programa para ver a qualquer hora...
Esta frase estava gravada em rascunho no meu telemóvel praí há 3 milénios*

"Toda a sensação de esperança tinha desaparecido, bem como qualquer noção de futuro: o meu cérebro, escravo de hormonas desordenadas, tinha deixado de ser um órgão de pensamento para se tornar num instrumento que registava, minuto a minuto, vários graus do seu próprio sofrimento. As próprias manhãs tinham-se tornado más, à medida que eu vagueava letárgico... mas as tardes eram ainda piores, quando o horror, qual nevoeiro venenoso, se apossava da minha mente, obrigando-me a recolher ao leito. Quedava-me aí, durante seis horas, em estupor e virtualmente paralisado, contemplando o tecto e esperando pelo momento da noite no qual, misteriosamente, a crucificação se atenuaria, dando-me forças para ingerir, a custo, algum alimento e, tal como um autómato, voltar a ser capaz de dormir durante uma ou duas horas."


Styron, W., in Escuridão Visível

Friday, October 12, 2007



3 Doors Down - Away From The Sun
Arnold, Roberts & Harrell
It's down to this
I've got to make this life make sense
Can anyone tell what I've done
I miss the life
I miss the colours of the world
Can anyone tell where I am

Cause now again I've found myself so far down
Away from the sun that shines into the darkest place
I'm so far down away from the sun again
Away from the sun again

I'm over this
I'm tired of livin' in the dark
Can anyone see me down here
The feeling's gone
There's nothing left to lift me up
Back into the world I know

And now again I've found myself so far down
Away from the sun that shines into the darkest place
I'm so far down away from the sun
That shines to light the way for me to find my way
back into the arms
That care about the ones like me
I'm so far down away from the sun again

It's down to this
I've got to make this life make sense
And now I can't tell what I've done

And now again I've found myself so far down
Away from the sun that shines to light the way for me
And now again I've found myself so far down
Away from the sun that shines into the darkest place

I'm so far down away from the sun
That shines to light the way for me to find my way
back into the arms
That care about the ones like me
I'm so far down away from the sun again

Sunday, October 7, 2007

É natural que às vezes te apeteça chorar...

É natural que às vezes te apeteça chorar

Mas, se o soluço te abafar a garganta,

Endireita as costas, levanta o queixo e sorri,

Ri mesmo, abertamente

Frente às que te consideram humilhado

Pois humilhante é humilhar-se os humildes.


É natural que te sintas só e te percas,

Na imensidão da tua própria solidão!

Mas quando a solidão fizer eco na tua vida;

E te sentires desesperadamente só,

Abraça o que te rodeia,

Respira profundamente e lembra-te que a vida

É um desafio a longo prazo.

É um poema de heróis, não de vencidos.

Tu nasceste para vencer.


É natural que morras lentamente,

Quando te afogas na saudade.

É natural que morras

Quando sentes o passado passar-te pelos dedos,

Como nuvens sopradas pelo vento.


É natural que te vires para trás na ânsia

De caminhar para aquém do tempo.

É natural que as lágrimas

Queiram rebentar dos teus olhos

E os joelhos queiram dobrar ao peso dos passos,

Paradas de quem não sabe por onde andar.


É natural que a indecisão te desespere

É natural que te sintas confundido nos dias

É natural que odeies o mundo que te rodeia

É natural que para ti

As pessoas tenham aspecto de estátuas

Drogas, autónomas, assassinas, ninguéns.

Nenhuma pessoa é ninguém!Nem tu és o mundo.


O que é o mundo?

Além de tudo é as forças dos gigantes a espezinhar os fracos,

Fracos amordaçados com a verdade a espirrar pelos poros,

Porque a boca ficou muda,

Falta a força, não da verdade,

Mas a força que torna fortes os fracos…

Assim começa a luta desigual nesta selva da vida.


Na selva só sobrevivem os fortes!

Se te apetecer chorar, ri

Ri, não compulsivamente, mas com serenidade

Se te apetecer ficar estático a um canto,

Sem forças para reagir…Levanta-te e prepara-te para agires,

Mesmo que não saibas como. Estático é que não!

Os cemitérios é que estão povoados de estátuas adormecidas.

Não deixes que os outros sintam a extensão da tua pobreza

Não lhes mostres a tua sede, nem a tua fome, nem o teu abandono

Tu na selva só tens de mostrar força,

Não de armas,

Mas a força dos fortes, dignidade com brilho no olhar…


Se te apetecer chorar, ri

Se te apetecer fugir, fica

Se te apetecer acabar, vive

Se te apetecer comer,

Espalha as únicas migalhas do teu pão pelos pássaros!

Se os teus pés estiverem feridos das pedras dos caminhos,

Dança!

Se estiveres desesperadamente só,

Olha ao teu lado,

Há algo vivo à tua espera!!!

Nunca espalhes o teu sangue, a tua dor,

O teu suor, a tua vida, sem luta!

Na vida só sobrevivem os fortes.

Se és fraco terás de deixar de o ser!!!


Autor desconhecido

Saturday, October 6, 2007

Alma Flutuante...


Teremos tido alguma vez o que julgamos ter perdido?
Quisemos a presença permanente mas nunca a tivemos
Nalgum momento feliz nalgum lugar propício
amámos a integridade de um corpo como uma chama de universo
Mas se esse momento durou com a verde intensidade de um bosque
e foi como se tocássemos o tronco de uma estrela
em breve se apagou o lume que dançava em flutuantes corpos...
António Ramos Rosa

O que distingue o amor da paixão? A paixão é uma forma de amor? Ou pode ser apenas um sentimento fugaz inexplicável que não chegará jamais a ser amor eterno, amor para a vida, para sempre incondicional? Como passa a paixão abrasadora ao amor idealizado, aquele que não se extingue com a mesma inevitabilidade com que surge?



Uma ilha é um barco

Ancorado

Que estremece ardentemente

Nas tempestades da vida.


Uma ilha é um barco

Ancorado

Na espera desesperante

De um destino esquecido.


Uma ilha é um barco

Ancorado

Onde o Mundo Moderno

Descansa, fatigado.


Uma ilha é um barco

Somente

Mas um barco celeste

Que com o mundo equilibra

O sentido da vida

E a vida sentida.


Uma ilha é um barco

Uma ilha é um mundo.



José Andrade in " Semente "

Tuesday, October 2, 2007



Brandi Carlile - The Story
All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you

I climbed across the mountain tops
Swam all across the ocean blue
I crossed all the lines and I broke all the rules
But baby I broke them all for you
Because even when I was flat broke
You made me feel like a million bucks
Yeah you do and I was made for you

You see the smile that's on my mouth
Is hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what I've been through but you do
And I was made for you...

Sunday, September 16, 2007

Pequenos Desafios II

Este desafio consiste na recolha de sete factos aleatórios acerca da minha vida. Aqui vão:

1 - Gosto de ler.
2 - Detesto quando as pessoas vão na rua a falar como se o receptor estivesse a dois km. Desnecessário, no mínimo.
3 - Gosto de caminhadas, quanto mais verdes melhor. Fazem-me feliz :)
4 - Normalmente, tomo banho de manhã só para me pentear facilmente.
5 - Tenho o cabelo encaracolado, cheio de geitinhos. Que bom...
5 - Gosto de ir ao cinema.
6 - Estou a tirar a carta de condução.
7 - Detesto quando as cabeleireiras me cortam metade do cabelo, após confirmarem que só é necessário cortar as pontas.

Está na hora de saber sete factos sobre as vidas de:



Participem ;)

Pequenos Desafios I

Bem, parece que tenho dois desafios pendentes lançados pela Ego&I . Um deles para nomear sete factos da minha vida e o outro para ir à página 161 do livro que estou a ler e transcrever a quinta frase completa. Vou começar pelo segundo, que é bastante mais simples =P

Como na pág. 161 são há quatro frases, vou transcrever a primeira da frase seguinte...

"Mas parece não haver alternativa: se parar de correr nunca serei livre."
in Nas Tuas Mãos, de Inês Pedrosa
Vou agora lançar este desafio a sete pessoas, que deverão repassá-lo. São as felizes contempladas:
Divirtam-se!!
(e não façam essa cara de "Bolas, tenho mesmo que responder a isto?" que isto até pode ser divertido...)

Wednesday, August 29, 2007

SOS AMAZÓNIA

Eu criei uma floresta só minha xD Mas ainda tá desflorestada...
Por cada visita, aparecerá uma nova folha nesta floresta. Cada pessoa pode fazer uma visita por dia.
Ao fim de 100 milhões de visitas (o site neste momento conta com cerca de 9 milhões de visitas, na totalidade das cerca de já 540 mil florestas existentes), a Prize.com contribuirá com 10 000 euros à associação Aqua Verde, para a reflorestação da Amazónia

Eu e a Amazónia agradecemos.
Catarina
Para mais informações~, visite também http://aquaverde.org/por/amazonie.shtml

Tuesday, August 28, 2007

Fica comigo esta noite...


Mas nada é demasiado para uma mulher, nem mesmo a última chama do último fósforo que anima o derradeiro olhar da nossa única filha. Entro num mundo paralelo em que o dia prolonga a cinza da noite e os homens já não lutam; inclinam-se mansamente sobre as dobras do tempo e escutam-no, com o estómago frágil e o espírito de coragem das mulheres.
Não há portas para os territórios familiares da dor, não há como conter a violência dentro do ninho de uma pertença. Há apenas a dor, cintilando como um clarão no chumbo do cé, chuva de estrelas cadentes sem História nem mártires reconhecíveis. Porque há sempre uma noite mais escura do que a escuridão do mundo. Mesmo para quem, como eu, nunca soube escavar até ao fundo dessa gruta negra trans-siberiana, húmida, universal, a que chamamos coração.


in Fica Comigo Esta Noite, Inês Pedrosa

Sunday, August 26, 2007



David Fonseca - Hold Still (feat. Rita)

Little David Boy

In this little town
cars they don't slow down
The lonely people here
They throw lonely stares
Into their lonely hearts


I watch the traffic lights
I drift on Christmas nights
I wanna set it straight
I wanna make it right
But girl you're so far away

Oh, hold still for a moment and I'll find you
I'm so close, I'm just a small step behind you girl
And I could hold you if you just stood still

I jaywalk through this town
I drop leaves on the ground
But lonely people here
Just gaze their eyes on air
And miss the autumn roar
I roam through traffic lights
I fade through Christmas nights
I wanna set it straight
I wanna make it right
But man you're so far away

Oh, I'll hold still for a moment so you'll find me
You're so close, I can feel you all around me boy
I know you're somewhere out there
I know you're somewhere out there

Oh, hold still for a moment and I'll find you
You're so close, I can feel you all around me
And I could hold you if you just stood still
Oh, I'll hold still for a moment so you'll find me
I'm so close, I'm just a small step behind you
I know you're somewhere out there
I know you're somewhere out there
I know you're somewhere out there



"Há quanto tempo não te arde o coração?"
Inês Pedrosa
Como se mede, exactamente, a paixão? Será esta uma forma de Amor?
O que nos capacita a amar os outros?

Thursday, August 23, 2007



Quem teve essa ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a trabalhar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra adiante vai ser diferente.

Carlos Drummond de Andrade

Saturday, August 18, 2007

Blogs 5 Estrelas




Fui nomeada para esta espécie de 'concurso', a decorrer até ao final de Agosto, com vista a eleger cinco blogs, que serão aqueles que obtiverem mais nomeações. O regulamento pode ser consultado aqui.

Antes das minhas cinco nomeações, agradecer os votos e a atenção. :)
http://entremaos.blogspot.com

Porque não sei onde é que esta menina se inspira- quer dizer, até desconfio - mas o resultado é bom demais...


http://papel-de-seda.blogspot.com

Porque a Ana é quase uma segunda Mónica (só que é mais alta xD)ou será a Mónica uma segunda Ana? Pronto, para os interessados, excertos de vidas imaginadas ou da vida delas. Se continuassem estes textos, davam grandes romances!


http://sequestroemocional.blogspot.com

O Nuno escreve com o coração. E é um coração muito bonito, tal como o de todos os meninos responsáveis por estes blogs.


http://paginasoavento.blogspot.com

A Sílvia escreve também bastante bem, embora nem sempre se aperceba do talento que tem.


http://oscorvospretos.blogspot.com

Entre transcrições de textos, de vários autores, e textos próprios é um blog bastante variado.



Boas nomeações ;)

Thursday, August 16, 2007





A noite abre as flores em segredo e deixa que o dia receba os agradecimentos.


R. Tagore

Friday, August 10, 2007




When you try your best but you don't succeed
When you get what you want but not what you need
When you feel so tired but you can't sleep
Stuck in reverse

And the tears come streaming down your face
When you lose something you can't replace
When you love someone but it goes to waste
could it be worse?

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you

And high up above or down below
When you're too in love to let it go
But if you never try you'll never know
Just what you're worth

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you

Tears stream down on your face
When you lose something you cannot replace
Tears stream down on your face
And I

Tears stream down on your face
I promise you I will learn from my mistakes
Tears stream down on your face
And I

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try to fix you

Fix You, from Coldplay

Wednesday, August 1, 2007

Um livro que hoje resolvi relembrar...


Achei que desta vez era o fim. Mas não era uma overdose, era só vinagre. Perdi toda a resistência e meu corpo não me obedecia mais. Foi assim que os outros morreram. Muitas vezes, depois de uma picada eles perdiam a consciência. E um dia eles não acordavam mais. Não sei mas por que tive tanto medo de morrer. De morrer só. Os drogados morrem sós. Mais frequentemente em banheiros fedorentos. Tive então, uma verdadeira vontade de morrer. No fundo não esperava por outra coisa. Não sabia o que estava a fazer no mundo. Antes, eu também não sabia muito bem. Mas um viciado vive para quê? Para se destruir e destruir aos outros? Pensei, naquela tarde, que seria melhor que eu tivesse morrido, mesmo que fosse só pelo amor a minha mãe. De qualquer forma, não sabia mais se existia ou não.


Amanda F., in Filhos da Droga

Tuesday, July 31, 2007

Fazes-me Falta



Porque te escolho, neste susurro sem retorno? Porque te quero no meu sono se iluminaste sobretudo o que não fui? Morreste-me antes que eu morresse - e não consigo morrer sem ti. Nunca consegui. Todos os dias da minha vida estive contigo - como se todas as amizades anteriores fossem só o caminho para chegar a ti,como se todas as amizades posteriores fossem apenas a ausência de ti. Mais delicadas, mais ritmadas, mais claras - menos tu.


in Fazes-me Falta, Inês Pedrosa
(...) se um dia pudesse adquirir um rasgo tão grande de expressão, que concentrasse toda a arte em mim, escreveria uma apoteose do sono. não sei de prazer maior, em toda a minha vida, que poder dormir. o apagamento integral da vida e da alma, o afastamento completo de tudo quanto é seres e gente, a noite sem memória nem ilusão, o não ter passado nem futuro...
Bernardo Soares, in Livro do Desassossego

Sunday, July 29, 2007

Friday, July 27, 2007

Uma nuvem não sabe por que se move em tal direção e em tal velocidade. Sente apenas um impulso que a conduz para esta ou aquela direção. Mas o céu sabe os motivos e os desenhos por trás de todas as nuvens, e você também saberá, quando se erguer o suficiente para ver além dos horizontes.



Richard Bach

Thursday, July 19, 2007



Nada há tão doce na vida como os jovens sonhos de amor.
Thomas More

Wednesday, July 11, 2007

Saturday, July 7, 2007



Upside Down
Jack Johnson

Who's to say
What's impossible
Well they forgot
This world keeps spinning
And with each new day
I can feel the change in everything
And as the surface breaks reflections fade
But in some ways they remain the same
And as my mind begins to spread its wings
There's no stopping curiosity

I wanna turn the whole thing upside down
I'll find the things they say just can't be found
I'll share this love I find with everyone
We'll sing and dance to Mother Nature's songs
I don't want this feeling to go away

Who's to say
I can't do everything
Well I can try
And as I roll along I begin to find
Things aren't always just what they seem

I want to turn the whole thing upside down
I'll find the things they say just can't be found
I'll share this love I find with everyone
We'll sing and dance to Mother Nature's songs
This world keeps spinning and there's no time to
waste
Well it all keeps spinning spinning round and round
and

Upside down
Who's to say what's impossible and can't be found
I don't want this feeling to go away

Please don't go away
Please don't go away
Please don't go away
Is this how it's supposed to be

Thursday, July 5, 2007

Elogio ao amor puro




Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.


O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão alimesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.


Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.


Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, sãouma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?


O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como nãopode. Tanto faz. É uma questão de azar.


O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não sepercebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor éa nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.


O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe.Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amorque se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se podeceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também.


Miguel Esteves Cardoso, in Expresso

Thursday, June 28, 2007



Better Together, from Jack Johnson
There is no combination of words I could put on the
back of a postcard
No song that I could sing but I can try for your heart

Our dreams and they are made out of real things
Like a shoebox of photographs with sepia-toned loving

Love is the answer at least for most of the questions
in my heart
Why are we here? And where do we go? And how come it's
so hard?
It's not always easy and sometimes life can be
deceiving
I'll tell you one thing, it's always better when we're
together

It's always better when we're together
Yeah we'll look at the stars when we're together
Well it's always better when we're together
Yeah!! it's always better when we're together

And all of these moments just might find their way
into my dreams tonight
But I know that they'll be gone when the morning light
sings
Or brings new things for tomorrow night you see
That they'll be gone too, too many things I have to do

But if all of these dreams might find their way into
my day to day scene
I'd be under the impression I was somewhere in between

With only two, just me and you, not so many things we
got to do
Or places we got to be we'll sit beneath the mango
tree now

Yeah it's always better when we're together
We're somewhere in between together
Well it's always better when we're together
Yeah it's always better when we're together

I believe in memories they look so pretty when I sleep

And when I wake up you look so pretty sleeping next to
me
But there is not enough time
And there is no song I could sing
And there is no combination of words I could say
But I will still tell you one thing
We're better togetherohnson

Wednesday, June 27, 2007


Há um espaço vazio que freme em mim

E se eterniza nas noites soturnas,

Em que os sonhos se repelem

Num qualquer beco desta vida amarga.


Sinto, nesses dias solitários, uma ausência.

Que, inevitavelmente, me faz erguer muros.

Ergo os muros, não os tectos.

E estes ombros vão vergando sobre o peso da incerteza.


Há dias em que o mundo desaba.

Sem qualquer causa identificável.

Aniquilada sobre o peso da solidão,

Observo apenas a imagem esbatida,

de sentimentos que não encontro mais em mim.


Há dias em que me sinto longe,

Apática, transtornada, fraca, feia.

Na corda bamba,

Oferecendo aquilo que ainda consigo dar.


Há dias em que me sinto diluir,

inerte neste mundo avassalador,

sem ninguém que me proteja,

sem a coragem de pedir protecção.


27.06.07




Tuesday, June 19, 2007


A vida não passa de uma viagem de comboio, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis, e grandes tristezas. Quando nascemos, entramos neste comboio e deparamo-nos com algumas pessoas, que julgamos que estarão sempre nessa viagem connosco. Os nossos pais. Infelizmente isso não é verdade, porque em alguma estação eles descerão e irão deixar-nos órfãos do seu carinho, amizade, e companhia insubstituível. Mas isso não impede que durante a viagem, pessoas interessantes, e que virão a ser super especiais para nós embarquem. Chegam os nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos. Muitas pessoas apanham este comboio apenas em passeio, outros encontrarão nesta viagem só tristezas, há outros que andarão pelo comboio apenas para ajudar quem precisa. Muitos saem e deixam saudades eternas, muitos outros passam por ele de uma forma que quando desocupam o seu lugar quase ninguém percebe. Curioso é verificar que alguns passageiros, que nos são tão queridos, entram em carruagens diferentes da nossa, e por isso somos obrigados a fazer a viagem separados deles. O que não nos impede de que durante a viagem atravessemos com grande dificuldade a nossa carruagem e cheguemos até eles. Só que infelizmente jamais nos poderemos sentar junto deles, porque já lá está alguém a ocupar o lugar. Não importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas.... mas nunca retornos. Devemos por isso tentar fazer esta viagem da melhor maneira possível, tentando relacionar-nos bem com todos os passageiros, procurando em cada um deles o que tiverem de melhor. Temos que nos lembrar sempre que em algum ponto da viagem eles poderão fraquejar e provavelmente precisamos entender isso, porque nós também fraquejaremos muitas vezes e de certeza haverá alguém que nos entenderá. O grande mistério afinal é que nunca saberemos em que estação iremos descer, muito menos os nossos companheiros, nem mesmo aqueles que estão sentados ao nosso lado. Eu penso que quando descer deste comboio sentirei saudades. Acredito que sim. Separar-me de alguns amigos que fiz nele será no mínimo doloroso, e deixar os meus filhos continuar a viagem sozinhos será muito triste. Agarro-me à esperança que em algum momento eu estarei na estação principal e que terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram. O que me vai deixar feliz. Vamos fazer com que a nossa viagem neste comboio seja tranquila e que tenha valido a pena.
E que quando chegar a hora de deixarmos o comboio, o nosso lugar vazio deixe saudades e boas recordações para aqueles que continuarem no comboio.


Para ti, que és parte do meu comboio, desejo-te uma


Viagem Feliz!



Silvana Duboc

Sunday, June 10, 2007


Um dia, o destino, trôpego velho de cabelos cor da neve, deu-me uns sapatos e disse-me:
- Aqui tens estes sapatos de ferro, calça-os e caminha… Caminha sempre, sem descanso, nem fadiga, vai sempre avante não te detenhas, não pares nunca!... A estrada da vida tem trechos de céu e paisagens infernais; não te assuste a escuridão, nem te deslumbres com a claridade; nem um minuto sequer te detenhas à beira da estrada; deixa florir os malmequeres, deixa cantar os rouxinóis. Quer seja lisa, quer seja alcantilada a imensa estrada, caminha, caminha sempre! Não pares nunca! Um dia, os sapatos hão-de romper-se; deter-te-ás então. É que terás encontrado, enfim os olhos perturbadores e profundos, a boca embriagante e fatal que há-de prender-te para todo o sempre!
Isto disse-me um dia o destino trôpego velho de cabelos cor de neve.
Calcei os sapatos e caminhei. O luar era profundo; às vezes, cantavam nas matas os rouxinóis… Outras vezes, ao sol ardente do meio-dia desabrochavam as rochas, vermelhas como beijos de sangue; as borboletas traziam nas asas, finas como farrapos de seda, os perfumes delirantes de milhares de corolas! Outras vezes ainda, nem uma estrela no céu, nem um perfume na terra, e eu ouvia a meus pés a voz do imenso abismo. Passei pelo reino do sonho, pelo país da esperança e do amor que, ao longe, banhado pelo sol, dá a impressão duma imensa esmeralda, e vi também as terras tristes da saudade, onde o luar chora noite e dia! Não me detive nem um só instante! O coração ficou-me a pedaços dispersos pelos caminhos que percorri, mas eu caminhei sempre, sem fraquejar um só momento!... Há muito tempo que ando, tenho quase cem anos já, os meus cabelos tornam-se cor do linho, e o meu frágil corpo inclina-se suavemente para a terra, como uma fraca haste sacudida pela nortada. Começo a sentir-me cansada, os meus passos vão sendo vagarosos na estrada imensa da vida!
E os sapatos inda se não romperam!
Onde estareis vós, ó olhos perturbadores e profundos, ó boca embriagante e fatal que há-de prender-me para todo o sempre?!...


Espanca, Florbela, (2000), Contos e Diário, Publicações Dom Quixote, p. 23-24

Thursday, June 7, 2007

Será????



A solidão concede ao homem intelectualmente superior uma vantagem dupla: primeiro, a de estar só consigo mesmo; segundo, a de não estar com os outros. Esta última será altamente apreciada se pensarmos em quanta coerção, quantos estragos e até mesmo quanto perigo toda a convivência social traz consigo. «Todo o nosso mal provém de não podermos estar a sós», diz La Bruyère. A sociabilidade é uma das inclinações mais perigosas e perversas, pois põe-nos em contacto com seres cuja maioria é moralmente ruim e intelectualmente obtusa ou invertida. O insociável é alguém que não precisa deles. Desse modo, ter em si mesmo o bastante para não precisar da sociedade já é uma grande felicidade, porque quase todo o sofrimento provém justamente da sociedade, e a tranquilidade espiritual, que, depois da saúde, constitui o elemento mais essencial da nossa felicidade, é ameaçada por ela e, portanto, não pode subsistir sem uma dose significativa de solidão. Os filósofos cínicos renunciavam a toda a posse para usufruir a felicidade conferida pela tranquilidade intelectual. Quem renunciar à sociedade com a mesma intenção terá escolhido o mais sábio dos caminhos.


Arthur Schopenhauer, Aforismos para a Sabedoria de Vida



Será a solidão total possível?

Será possível sermos felizes sozinhos, sem nos vincularmos a outras pessoas? Sem ter quem nos faça sorrir ou chorar? Sem ter quem nos magoe, para que possamos dar valor aos que nos amam, aos que nos prometem a felicidade num simples gesto, ou olhar?



Wednesday, May 30, 2007

Porque acordei a cantarolar isto...




Porque é que esta música me acalma sempre que preciso?

Monday, May 28, 2007


Às vezes fico assim...

Tuesday, May 22, 2007

Hakuna Matata...




Porque cada um de nós deve possuir um mundo próprio, nem que seja por breves segundos, no qual consiga ser feliz...


Friday, May 18, 2007

Lindo... :)

Depois de um tempo você aprende que...


Depois de algum tempo você aprende a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se, que companhia nem sempre significa segurança, e começa a aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo, e aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...
Aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais, e descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida; Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida, e que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que eles mudam; percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde se está indo, mas se você não sabe para onde está indo qualquer lugar serve.
Aprende que ou você controla os seus actos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se;
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou;
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha;
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens; poucas coisas são tão humilhantes... e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando se está com raiva se tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém; algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma ao invés de esperar que alguém lhe traga flores, e você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
Descobre que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.

Veronica Shoffstall

Monday, May 14, 2007

Ad amicos...


Em vão lutamos. Como névoa baça,

A incerteza das coisas nos envolve.

Nossa alma em quanto cria, em quanto volve

Nas suas próprias redes se embaraça.

Antero de Quental

Wednesday, May 9, 2007

Do sonho e da vontade de viver...




Dá-me vontade... de sentir o mundo que freme em rotações sucessivas dentro do ser que sou... a cada dia diferente...

Dá-me vontade de sentir a vida... que embora nublada em certos momentos do dia, certas semanas, certas épocas da vida, pode também ser tão gratificante...

Porque há dias insensíveis, dias tristes, em que vivemos apenas para voltar a ser felizes, e há aqueles dias que nos provam que podemos ser felizes no mundo que há debaixo deste céu... Aqueles dias em que somos pequenos e poderosos (xD) que os nossos braços se esticam para tocar o firmamento...

São esses dias que quero abraçar..

Aqueles dias em que, haja o que houver, o sorriso é espontâneo e a voz doce... aqueles dias em que,mesmo sem motivo, há lugar para rir desalmadamente...

Aqueles dias em que me sinto rodeada de pessoas especiais...

Aqueles dias em que acordo feliz e o dia se vai tornando cada vez melhor...

Aqueles dias em que me deito feliz, pensando que na manhã seguinte recomeça a aventura das nossas vidas... Sim, das nossas!! Porque partilho a minha vida com aqueles que me rodeiam e há gestos que se reflectem... Porque aquilo que fazemos é reflectido pelos nossos amigos e amores...

PORQUE SÓ SE RECEBE NA MEDIDA EM QUE SE DÁ =))

Saturday, May 5, 2007

Não há nenhuma dor que justifique a fuga...


A escuridão, as trevas desesperadas, é esse o círculo terrível da vida do dia-a-dia. Por que é que uma pessoa se levanta de manhã, come, bebe e se deita outra vez? A criança, o selvagem, o jovem saudável, o animal não padecem sob a rotina deste círculo de coisas e actividades indiferentes. Aquele a quem os pensamentos não atormentam, alegra-se com o levantar pela manhã e com o comer e o beber, acha que é o suficiente e não quer outra coisa.






Mas quem viu esta naturalidade perder-se, procura no decurso do dia, ansioso e desperto, os momentos da verdadeira vida cujas cintilações o tornam feliz e que apagam a sensação de que o tempo reúne em si todos os pensamentos relativos ao sentido e ao objectivo de tudo. Podem chamar a esses momentos, momentos criadores, porque parece que trazem a sensação de união com o criador, porque se sente tudo como desejado, mesmo que seja obra do acaso. É aquilo a que os místicos chamam união com Deus. Talvez seja a luz muito clara desses momentos que faz parecer tudo tão escuro, talvez a libertadora e maravilhosa leveza desses momentos faça sentir o resto da vida tão pesada, pegajosa e opressiva. Não sei, não aprofundei muito o pensamento e a tirada filosófica. Mas sei que se há bem-aventurança e um paraíso tem de ser uma duração incólume de tais momentos, e se se pode obter esta felicidade pela dor e pela sublimação na dor, não há nenhuma dor que justifique a fuga.





Hermann Hesse, in "Gertrud" (personagem Kuhn)

Friday, May 4, 2007

Porque não se faz amigos...



Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.


Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.


A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor.


Eis que permite que o objecto dela se divida em outros afectos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.


E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!


Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto a minha vida depende da sua existência...

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não lhes posso dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não o declare nem os procure.

E às vezes, quando os procuro, noto que eles não têm noção de como me são necessários. De como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente construí, e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando aquele prazer... Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos e, principalmente, os que só desconfiam ou talvez nunca saberão que são meus amigos! A gente não faz amigos, reconhece-os.

Vinicius de Moraes

Gosto muito deste texto, embora apresente várias ideias que poderiam ser postas em discussão.. eheh

O que achaste do texto? Concordas com as ideias que o autor defende?

O que prezas mais, o amor ou a amizade? Nesta roda viva, mais rotineira do que gostaríamos, tens tempo para dedicar a todos aqueles que amas?

Sunday, April 29, 2007

Com maior ou menor frequência, acontece-nos a todos tropeçar em alguma coisa ou alguém que nos obriga a parar e a pensar. Os acontecimentos à nossa volta, as circunstâncias específicas de cada um, a vida vivida (e quase nunca sonhada) e aquilo que não entendemos levam-nos a fazer perguntas a nós próprios. A tentar perceber, a encontrar um sentido, a avaliar e a medir.

Ir ao fundo de si mesmo nunca é um caminho fácil nem linear e, por isso, instintivamente evitamos algumas direcções e preferimos certos atalhos. Parecem-nos mais seguros e, no imediato, até abreviam o percurso, mas intimamente sabemos que a longo curso muitos destes atalhos só multiplicam os trabalhos.

Temos tantas coisas mal arrumadas dentro de nós que a tentação de evitar caminhos é banal e universal. Ou seja, todos sabemos do que se trata.


Acontece que nem sempre podemos "ir à volta", assobiar para o ar ou fingir que não vemos o que estamos a ver e não ouvimos o que estamos a ouvir. Falo, em especial, da voz interior que nos habita e jamais poderemos calar. Falo de sentimentos, portanto.


Alguém disse um dia que "deixar-se amar é aquilo a que todos resistimos mais ao longo da nossa vida" e, de facto, deixarmo-nos amar é de certa forma incómodo. Senão vejamos.


Aceitar amar e ser amado envolve riscos à partida: podemos sofrer com esse amor; podemos achar que não estamos à altura de responder aos seus desafios; podemos sentir posse e ciúmes e podemos ter a angústia de o vir a perder. Para quem, como nós, tem tantos medos e aflições, e, insisto, tantas coisas por arrumar cá dentro, estes e outros riscos são um preço demasiado elevado para pagar pelo amor. Ou não. Tudo depende do preço que cada um está disposto a pagar por aquilo que é verdadeiramente essencial para si.


Acima de tudo, ninguém quer sofrer, mas na realidade também tem que haver lugar para a tristeza e, nesse sentido, cabe perguntar se por haver sofrimento as coisas deixam de ser importantes.

Voltando à questão do amor poder ser incómodo, vale a pena pensar que, sob a aparência de bem, o tempo e a vida muitas vezes se vão encarregando de nos tirar a capacidade de amar e de sermos amados, na medida em que nos vão enchendo de coisas, interesses, medos, equívocos, situações menos claras, critérios, prioridades e preguiças que vão instalando na nossa cabeça e no nosso coração e nos impendem de sentir com verdade. Este tempo vertiginoso e esta vida acelerada confundem-nos e alteram profundamente a nossa maneira de ser e de estar. Muitas vezes não percebemos o que é importante e não sabemos onde pomos o nosso coração. O pior é que frequentemente as nossas prioridades do coração não acompanham as da cabeça e é este descompasso de racionalmente sabermos o que vem em primeiro lugar, mas emocionalmente não sermos capazes de lhe dar a prioridade absoluta, que, tantas vezes, nos deita a perder.


E é justamente nesta lógica, neste sentido exigente e perturbador, que o amor exerce alguma violência sobre nós. Ou pelo menos alguma pressão, na medida em que nos obriga a perceber que se não há espaço para amar é porque esse espaço está ocupado com outras coisas.

Por tudo isto, só é possível ir mais longe se arriscarmos quebrar paredes e derrubar muros que permitam criar o espaço que nos falta. Ou fazer como fazem os entendidos, que podam as videiras e cortam os ramos para que os frutos cresçam mais e a seiva circule melhor.


Laurinda Alves, in Xis