Wednesday, June 27, 2007


Há um espaço vazio que freme em mim

E se eterniza nas noites soturnas,

Em que os sonhos se repelem

Num qualquer beco desta vida amarga.


Sinto, nesses dias solitários, uma ausência.

Que, inevitavelmente, me faz erguer muros.

Ergo os muros, não os tectos.

E estes ombros vão vergando sobre o peso da incerteza.


Há dias em que o mundo desaba.

Sem qualquer causa identificável.

Aniquilada sobre o peso da solidão,

Observo apenas a imagem esbatida,

de sentimentos que não encontro mais em mim.


Há dias em que me sinto longe,

Apática, transtornada, fraca, feia.

Na corda bamba,

Oferecendo aquilo que ainda consigo dar.


Há dias em que me sinto diluir,

inerte neste mundo avassalador,

sem ninguém que me proteja,

sem a coragem de pedir protecção.


27.06.07




4 comments:

Monica said...

Podes pedir a minha protecção, não sabes que tenho ligações angelicais? Pois, e não sendo anja, guardo sempre protecção para quem gosto!

Não te faças de rogada. Eu gosto de proteger xD

beijinhoo***

Sílvia Lopes said...

eheh eu tb posso proteger-te, k mi gosta da mama. Só n posso ser o teu anjo protector pk a Mónica n deixa =( ela diz k n sou um anjo e k a minh cara de anjo n a comove
=( mama da tau tau a ela, ela é má pa mim :p
Não sou um anjo, mas podes contar sp cmg ;)

BEIJINHO***

Corvos Pretos said...

Eu tb não sou um anjo nem um pobre diabo, nem o tento ser, sou apenas eu
Não vejo os céus com estes olhos meus
Vivo na terra e não passo de um humano
Eu sou um turbilhão de emoções, numa aparência calma
Eu quero gritar bem alto, tudo o que me vai na alma
Agora e para sempre eu sou o que sou e não o que é suposto.
Temos de fazer de nos e do mosso valor o seu mais fiel crente,
Sair deste labirinto e libertar a mente.

Patrícia said...

Adorei este poema, tms aki uma pexoa com talento ;)

bjinhx***